quarta-feira, 15 de julho de 2009

Não sei ... tudo foge à minha compreensão.

Depois de sofrer traições e deslealdades de 2007 à 2008 eu pensei que o novo ano iria ser novo mesmo, e tudo ia ficar para trás, e coisas boas iriam acontecer, e uma vida nova ia começar a nascer e eu iria estar onde sempre quis estar.

De fato, muita coisa mudou, muitos caminhos novos foram traçados, coisas novas estão acontecendo, e eu estou chegando onde eu sempre quis estar, mas isso leva tempo pra ser totalmente como quero, mas o caminho está aberto, a estrada está sendo trilhada, e é tudo uma questão de tempo. E de pouco tempo mesmo.

Mas uma coisa não mudou. Minto, mudou sim. Mudou pra pior: cada vez mais dificil confiar, cada vez mais dificil a lealdade. Algo que valorizo muito, quem me conhece sabe. Ao meu ver, lealdade define caráter, o que agrava, consideravelmente, a conclusão que tiro de tudo. Quando eu pensei que nada parecido ocorreria de novo, me enganei. Claro, as proporções são menores, mas o principio de tudo é parecido. Engraçado, aqueles que a gente nunca pensou que deles viriam, são aqueles que lhe dão de presente o que você, exatamente, não queria receber.

Tudo foge da minha compreensão, ou então o que é importante pra mim foge à compreensão dos outros. Ou então eu não me faço entender. Ou então, mais grave ainda, e é o que me parecer ser: o mundo está mais assustador, está menos seguro. As pessoas perderam o conceito do que é correto e do que não é. Do que é de bom tom, e do que não é. Do que é leal e desleal. Do que é ético e do que não é. Até as melhores pessoas, até aquelas que, até então, você acredita que pensam como você. Mas de fato, a percepção das pessoas é diferente, eu sempre soube. Eu só não sabia que a minha desconfiança de eu era um ET fosse se confirmar com tanta certeza, porque, afinal, só pode ser isso.

Longe de pensar que sou a detentora da verdade absoluta e a dona de todo julgamento, ou que posso sair por aí julgando o comportamento alheio. Sem querer me colocar na posição de vítima absoluta de todas as circunstâncias e de mocinha de todos os conflitos da vida, de uma forma bem maniqueista que me é peculiar, conclui, de tudo isso (numa tentativa de ser justa), que desde que nasci até o momento não entendi do que se trata a vida, realmente não sei do que estamos falando, e qual é o assunto em voga. Não sei mais quais são as regras, não sei mais qual é a moral, e nem quais são os costumes. Talvez eu nunca soube, e numa utopia, ou seja, num outro lugar que não esse, eu devo ter achado, um dia, que eu sabia. E a partir disso, cobrava, reivindicava, me chateava, ou ficava feliz e agradecia. Mas me perdi no tempo, só posso pensar isso. Fui burra, e não soube captar a mensagem toda...de tudo, concluo mesmo que eu não sei...e que realmente, tudo foge à minha compreensão.

2 comentários:

EdZerlin disse...

quanta identificação com seu post :((

Saudades de vc, viu :((

Joyce Garófalo disse...

Oi Ed!! Saudade também. Não é bom você se identificar com meu post, rs...pq eu sei como isso é ruim. Mas a solução, eu acho, é mirar no futuro e ir em direção a ele. :)

beijos.